A gente nem sabe quem é.
Somos tantos habitando esses corpos frágeis e de emoções oscilantes. Mansos e ferozes, reis e rainhas ou simples indigentes à mercê da Matrix Terra. Ora galgando os céus da sabedoria no dorso da águia, ora visitando o pântano do medo e da insegurança. Olhos cegos e olhos que vêem além.
A gente dorme um e acorda outro alguém. Existe, porém, num canto entre o tudo e o nada, no vácuo entre as palavras, no vacilo da mente demente um oásis de luz onde nos encontramos. Nele é possível o amor florescer. Nele é possível sentir Deus em nós; é possível integrar todos os nossos “eus” de vidas e vidas em novos “eus” mais íntegros e, por isso mesmo, mais simples.
Fluindo, ofertando e recebendo, transbordando, seguindo, partícipes e conscientes, do fluxo perfeito do Universo.
Cris Kozovits
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